LAUDO

Ana Beatriz: perícia aponta possível troca de local do corpo da bebê

Investigadores apuram se houve participação de terceiros, especialmente na ocultação do cadáver
Por Bruno Fernandes com PC 08/05/2025 - 08:30
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Reprodução
Ana Beatriz
Ana Beatriz

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, ocorrida em abril no município de Novo Lino. A mãe da vítima foi indiciada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime.

Segundo os laudos do IML e do Instituto de Criminalística, o corpo da bebê não apresentava sinais compatíveis com mais de quatro dias no local onde foi encontrado. A perícia aponta possível conservação artificial antes da ocultação.

"Foi constatado que o estado de conservação do corpo da vítima não é compatível com o tempo de mais de quatro dias em que teria permanecido no local onde foi encontrado, o que reforça a hipótese de que o cadáver possa ter sido manipulado ou mantido temporariamente em outro local — possivelmente sob condições de refrigeração ou conservação artificial — antes de ser colocado no armário onde foi posteriormente localizado", diz o laudo pericial.

A Polícia descartou, por ora, a hipótese de infanticídio por ausência de laudo que comprove perturbação psíquica da mãe no estado puerperal. O enquadramento penal, portanto, segue como homicídio qualificado.

Os investigadores apuram se houve participação de terceiros, especialmente na ocultação do cadáver. A suspeita é que o corpo tenha sido mantido em outro local antes de ser deixado no armário onde foi encontrado.

Corpo encontrado

Dada inicialmente como sequestrada, o corpo de Ana Beatriz foi encontrado quando a bebê completaria 19 dias do nascimento. Eduarda Silva, no entanto, confessou a autoria do crime por volta das 13 horas do dia 15 de abril. As equipes policiais invadiram a casa da família e resgataram o corpo da bebê.

O corpo da recém-nascida foi enrolado num saco entes de ser escondido num armário dentro da residência da família. O Extra teve acesso exclusivo às fotos do local, que foi vasculhado na segunda-feira, 14, por policiais e que no dia estava vazio.


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